“A minha história se confunde com a do Rock in Rio”, diz Agatha Arêas, Vice-Presidente de Learning Experience do festival Confira a conversa de Agatha Arêas com a editora Elaine Leme O que representa o festival Rock in Rio para você? Eu tenho 47 anos e a minha relação com o Rock in Rio como fã, começou quando eu tinha 9 anos, quando acontecia a segunda edição do festival, em 1985, e eu lembro de ver pela televisão e me emocionar.Em 1991 eu já tinha 15 anos e estava estudando na Inglaterra, me lembro de ouvir no meu walkman o show do Guns N’ Roses enquanto eu escrevia cartões postais para a minha família e amigos que estavam no Brasil e depois, em 2001, eu finalmente fui ao festival, mas eu fui trabalhando.A partir dali, mesmo com alguns intervalos já que eu tive outras experiências de trabalho, a minha relação também profissional com o Rock in Rio ficou muito forte e dura até hoje. Uma relação que dura uma vida em mim! Na minha casa, meus pais sempre fizeram acreditar que eu podia sonhar, que eu tinha o direito de sonhar, e no Rock in Rio eu aprendi a realizar esses sonhos. O Roberto Medina sempre incentivou a gente a conquistar, sonhar grande, fazer acontecer. Então o Rock in Rio não está na minha vida, o Rock in Rio é a parte da minha vida, da minha história. Por que Rock in Rio Humanorama? Como surgiu a ideia e quais são seus principais objetivos para a sociedade? O projeto foi ao longo do primeiro semestre de 2021, enquanto ainda vivíamos em um cenário de pandemia, de muitas incertezas e de questões existenciais para todos. Ainda em um momento de muita polarização no Brasil e no mundo e com poucas oportunidades de conversas e interação entre as pessoas.Foi aí que percebemos que poderíamos fazer algo para ajudar nesse sentido, já que o Rock in Rio é totalmente centrado no ser humano. Já tivemos algumas iniciativas como o Rock in Rio Innovation Week, que falava sobre a inovação e o próprio festival Rock in Rio, que sempre colocou luz nas pessoas, na plateia, no público, sempre promoveu a interação de toda a família, de todos os núcleos da sociedade e sempre foi um festival muito inclusivo. A partir deles, criamos o Humanorama, que nasceu totalmente digital e aconteceu em setembro de 2021, gratuito, e com o objetivo de unir pessoas em conversa.O nome Humanorama vem da junção do sufixo orama, que é do grego Órama, e que quer dizer vista, descortinar e espetáculo, e que junto com o Humano – virou o nosso espetáculo do humano. Como já tínhamos um festival de música, resolvemos criar um festival de conversas. Então, juntamos pessoas, desde artistas, ativistas, empresários, empreendedores sociais, acadêmicos, executivos, pessoas com background completamente diferentes, visões completamente diferentes, necessidades, dores e desejos, mas, todos com o mesmo objetivo: a construção de um mundo melhor.Acreditamos que, desde sempre, temos sido muito fiéis ao nosso propósito que é de construir um mundo melhor e, por isso, temos promovido iniciativas, junto aos nossos parceiros, bastante relevantes e impactantes. Com isso, criamos no Humanorama confronto saudáveis, trocas de ideias para exercitar um olhar empático, ampliar a consciência e a nossa visão de mundo. Tem sido uma experiência muito transformadora para todo mundo que participou, desde a equipe, até os dinamizadores, nome que damos aos convidados que fizeram parte do projeto, os speakers que participaram dos debates até o público que a gente chegou com a mensagem.Em 2021, alcançamos mais de 55 milhões pessoas no Brasil, uma repercussão muito positiva e muito bem reconhecida como algo necessário e, a partir, daí a gente teve a certeza de que não podemos parar então, em 2022, de 28 a 31 de julho, teremos uma nova edição. Como é feita a curadoria dos temas e a escolha dos convidados? A curadoria é toda pensada na diversidade! A gente procura dinamizadores que sejam complementares nas suas vivências, nos seus projetos e na sua visão de vida, e coloca essas pessoas conversando sobre temas urgentes da nossa sociedade. Buscamos sempre promover realmente uma visão abrangente do mundo como um todo, para aumentar o repertório de conhecimento e a ampliação da consciência das pessoas, a partir dessas conversas e encontros. Este ano, a edição que acontece entre os dias 28 e 31 de julho, ressalta a importância de assumirmos que a mudança constante é uma certeza inquestionável e que precisamos exercitar formas de nos adaptar e evoluir diante desse cenário. Traremos ao nosso espaço pessoas que estão dispostas a expressar suas visões e opiniões sobre a importância de reavaliarmos nosso papel no mundo e sobre como podemos construir novos meios de ser e estar no planeta, idealizando e construindo um mundo melhor para todos.Na sua opinião, qual é o principal impacto do seu trabalho na vida das pessoas? Inspirar! Fazer as pessoas acreditarem que elas podem sonhar e dar a elas ferramentas para que elas se sintam empoderadas para fazerem seus sonhos acontecer. Qual hobbie ou atividade pessoal desperta sua melhor versão para o trabalho? Eu adoro assistir filmes, documentários e ouço muitos podcasts. Os filmes e documentários biográficos, especialmente, porque eu vou ouvindo e conhecendo novas histórias, fazendo conexões de ideias, também vou descobrindo sobre o trabalho de outras pessoas através dos podcasts e assim tendo meus próprios insights. E, me relaxa muito, decorar a minha casa para receber visitas, eu gosto muito de receber pessoas em casa então, eu adoro fazer arranjos florais, arrumações diferentes na mesa de jantar, escolher playlists para ocasiões, escolher um menu especial, enfim, preparar a recepção para amigos queridos, para mim, é um grande momento de alegria e isso reflete positivamente na minha relação com o trabalho, oferecer o melhor para as pessoas.
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