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Fotoproteção osmorregulatória: proteger a pele antes mesmo do filtro solar vira recomendação

Na medida em que os casos de câncer de pele e as preocupações com o fotoenvelhecimento aumentam no mundo, muitos especialistas reforçam a importância de proteger a pele antes mesmo da fotoproteção. “É o que foi chamado de fotoproteção biológica ou fotoproteção osmorregulatória, com a inclusão de substâncias antioxidantes aplicadas previamente ao protetor solar com o objetivo de evitar os danos oxidativos causados pela radiação ultravioleta. É importante destacar que esses danos são cumulativos e podem gerar manchas, rugas, flacidez, enfraquecimento da barreira cutânea, mutações no DNA celular e até câncer de pele. Encontrar meios de aumentar a proteção solar principalmente para pacientes que não reaplicam o protetor solar virou uma das maiores preocupações dermatológicas”, explica a farmacêutica Patrícia França, gestora científica da Biotec Dermocosméticos.

De acordo com a farmacêutica, a fotoproteção biológica refere-se a estratégias e mecanismos naturais que os organismos vivos utilizam para se protegerem contra os efeitos nocivos da radiação ultravioleta (UV) do sol. “Esses mecanismos naturais em plantas, por exemplo, protegem o DNA, evitando oxidação. Quando essas substâncias são isoladas para cosméticos, são chamadas de ativos antioxidantes. Dentro desse contexto, os PINGs (parte da terminologia científica em inglês, que significa “Photoprotective, Immunoprotection, and Genome Stability”) referem-se a um conjunto de mecanismos biológicos e bioquímicos que desempenham papéis críticos na defesa contra os danos causados pela radiação UV”, explica a farmacêutica.

De acordo com a especialista, a ideia é unir, em um produto utilizado previamente ao protetor solar, a ação de fotoproteção, imunoproteção e estabilidade genômica, o que consequentemente resultará na prevenção do câncer de pele e melhora da "Saiba mais sobre" saúde da barreira cutânea. “Alguns ativos podem contar com moléculas que absorvem ou refletem a radiação UV. Isso é o que chamamos de fotoproteção. Quanto à imunoproteção, a ideia é reparar danos e fornecer proteção extra. É importante citar que os protetores solares mais comuns e populares disponíveis no mercado costumam contar apenas com a proteção química; outros trazem também a proteção física”, diz a farmacêutica. Mas a estratégia de ter um pré-protetor com ação antioxidante e imunoprotetora é fundamental, já que hábitos como aplicação inadequada do protetor ou falta de reaplicação a cada duas horas permitem que alguma das radiações UVB ou UVA penetrem na pele.  “Os antioxidantes são formados por moléculas que impedem a formação de radicais livres e podem até reverter danos causados por eles. Esses radicais livres são átomos ou moléculas instáveis e altamente reativas, que, quando em excesso, passam a atacar células sadias. Eles danificam a membrana e a estrutura da célula, podendo, em casos extremos, levar à morte celular”, diz a dermatologista Dra. Claudia Marçal, membro da Sociedade Brasileira de "Saiba mais sobre" Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia.

De acordo com Patrícia França, já é possível ter esses benefícios no Brasil, com ativos já utilizados na Dermatologia. “A combinação de ativos antioxidantes potentes como Alistin, Pro Shield e OTZ 10, em um sérum Acqua Bomb, permite a aplicação antes do filtro solar e após a sua reaplicação. Isso é importante porque esse produto não tem cor e ajudará a manter a proteção da pele em pacientes que não costumam reaplicar o filtro pela falta de praticidade”, diz Patrícia França. “Na fórmula, Alistin é um peptídeo antioxidante e antiglicante com capacidade de proteger a pele em três dimensões: a membrana celular, as proteínas e o DNA. Pro-Shield MDC® é extraído do café torrado de forte atividade antioxidante e promove proteção da pele contra as manchas, inflamações e envelhecimento cutâneo. E, por fim, usamos OTZ 10® que tem a capacidade de neutralizar os subprodutos tóxicos gerados pelo UVA e IRA, gerando pro-taurina, que irá proteger o DNA, e combater o fotoenvelhecimento”, explica a farmacêutica.

Segundo a Dra. Claudia Marçal, a imunoproteção também pode ser potencializada por meio da suplementação oral. “Os filtros imunoprotetores via oral vieram para ficar com propriedades de melhora da resistência cutânea e imunológica. Eles funcionam como verdadeiros guardiões quando associados aos protetores locais, para preservar a estrutura e evitar a desnaturação do DNA celular por proteger as células imunológicas da pele e reverter em parte os danos biológicos e inflamatórios causados pela exposição exagerada ao sol”, enfatiza a dermatologista. Quer saber o que usar? “Os mais importantes são o Polipodium Leucotomus, Picnogenol, Astaxantina, Luteina, Extrato de White e Green Tea, Resveratrol e ácido elágico da Romã, sempre associando ao uso de silício orgânico Exsynutriment para melhora do aspecto da flacidez” pontua.

Vale ressaltar que essas estratégias não substitui o fotoprotetor e outras estratégias de fotoproteção. “É importante aplicar diariamente um protetor solar de amplo espectro com FPS de, no mínimo, 30. Vale combiná-lo ainda com barreiras físicas, como chapéus, óculos de sol e roupas com proteção UV, que são grandes aliadas na fotoproteção. E durante o dia é fundamental reaplicar o protetor solar a cada duas horas ou imediatamente após nadar, transpirar intensamente ou secar-se com toalha”, diz a dermatologista Dra. Flávia Brasileiro, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. “Procure um produto que possua uma textura agradável, o que aumenta a adesão e garante a proteção contínua contra os danos solares, que são os principais causadores do envelhecimento da pele”, acrescenta a médica.

Para quem busca praticidade, atualmente existem produtos que oferecem fotoproteção duradoura ao mesmo tempo que contam com antioxidantes para proporcionar a proteção biológica. É o caso do Biosole E+ Ultra Vitamin FPS 99, da Ada Tina, um protetor solar em bastão com Difendiox Ultra e a Tecnologia Solent. “Difendiox ULTRA combina o consagrado Difendiox, ingrediente que une 14 antioxidantes naturais para potencializar a proteção biológica, com inovadores absorvedores anti-idade e imunoprotetores, Vitamina E+ e Zinco Antioxidante, ativos que penetram profundamente na pele para neutralizar radicais livres, impedir a formação de manchas e a degradação do colágeno”, diz o farmacêutico Dr. Maurizio Pupo, especialista em cosmetologia e CEO da Ada Tina. “Já a exclusiva Tecnologia Solent garante 12 horas de proteção solar através do uso de ativos fotoestáveis, isto é, que absorvem a radiação solar por muito mais tempo sem sofrerem degradação”, acrescenta.

Por fim, a farmacêutica Patrícia França reforça que as descobertas para a fotoproteção biológica e os mecanismos relacionados aos PINGs contribuem também para o desenvolvimento de novas estratégias em "Saiba mais sobre" cuidados com a pele e prevenção de doenças, além de fornecer insights sobre a relação entre os seres vivos e o meio ambiente. “O mais indicado é buscar ajuda de um dermatologista para indicação de uma rotina "Saiba mais sobre" skincare personalizada para cada paciente”, finaliza.

FONTES:
*BIOTEC: Biotec disponibiliza às farmácias magistrais, à área dermatológica e de medicina estética os mais modernos e inovadores conceitos de beleza e matérias-primas. A empresa busca associar às tendências mundiais à realidade do consumidor brasileiro, cada vez mais exigente e sedento por novidades que ofereçam qualidade de vida e bem-estar. Instagram: @biotecmagistral
*DRA. CLAUDIA MARÇAL: Médica dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), da American Academy Of Dermatology (AAD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD). Possui especialização pela AMB e Continuing Medical Education na Harvard Medical School. É proprietária do Espaço Cariz, em Campinas – SP, speaker de laboratórios globais de dermocosméticos e de fabricantes de equipamentos. CRM: 78980 / RQE: 31829. Instagram: @draclaudiamarcal
*DRA. FLÁVIA BRASILEIRO: Dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, com mais de 20 anos de atuação em Dermatologia e Cosmiatria. Formada em Medicina na Universidade do Oeste Paulista, de Presidente Prudente (SP), fez Residência em Clínica Médica na Irmandade Santa Casa de São Paulo e em Dermatologia na Universidade do Oeste Paulista. Foi docente da Faculdade de Medicina da Universidade do Oeste Paulista, de 2007 a 2014. A médica participa periodicamente de Congressos, Workshops e Simpósios nacionais e internacionais. Instagram: @draflaviabrasileirodermato
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