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RJ | Peça “Textos Cruéis Demais” retorna ao Rio para promover a diversidade e a liberdade de amar

Um mergulho profundo no amor e na dor. Nas delícias de se apaixonar e o sofrimento de ver o outro partir. O conturbado relacionamento de Pedro (Edmundo Vitor) e Fábio (Felipe Barreto) é o tema que compõe a narrativa do espetáculo ‘Textos cruéis demais – Quando o amor te vira pelo avesso’. A obra é uma adaptação para os palcos do livro de poemas ‘Textos cruéis demais para serem lidos rapidamente’, de Igor Pires. Em cena,  discussões sobre os desafios das relações modernas, monogamia, homofobia e racismo.  

Escrita e dirigida pelo jornalista e roteirista Carlos Jardim, a peça retorna ao Rio de Janeiro, onde estreou no começo do ano. Depois de uma temporada com ingressos esgotados em São Paulo, fica em cartaz entre 8 e 23 de julho, de quinta-feira a domingo, no Teatro Café Pequeno, no Leblon. O espetáculo traz cinco músicas inéditas, compostas por Carlos Jardim e Liliane Secco. Igor participa como letrista em duas canções. 

Lançado em 2017, o best-seller de Igor Pires está intimamente ligado ao mundo hiper conectado nas redes sociais e teve inspiração em conversas despretensiosas com os seguidores e em suas experiências pessoais. ‘Textos cruéis demais para serem lidos rapidamente’ vendeu meio milhão de exemplares e motivou o projeto TCD nas redes sociais, que tem quatro milhões de seguidores. “Li uma reportagem sobre o livro e achei muito interessante que um jovem de vinte e poucos anos tivesse escrito histórias de amor tão intensas e ainda em forma de poesia. Logo percebi a força daqueles sentimentos, e como isso poderia ficar forte no palco”, relembra Carlos Jardim, que estreou na direção teatral após assinar direção e roteiro do bem-sucedido filme  Maria – Ninguém sabe quem sou eu, sobre a cantora Maria Bethânia, cuja bilheteria acumula mais de 20 mil espectadores, se tornando o documentário nacional mais assistido de 2022, ano de seu lançamento. 

Ainda que a história contada na peça seja um retrato dos relacionamentos atuais da juventude, a jornada de Pedro (Edmundo Vitor) para tentar se reencontrar como pessoa e os sentimentos que o movem são absolutamente atemporais e causam uma identificação imediata com o público. Devastado com o término de um tórrido e turbulento relacionamento, o protagonista relembra seus momentos com Fábio (Felipe Barreto) e compartilha uma série de confissões, dores, reflexões e lembranças com a plateia. É impossível não se sentir envolvido com a história.  

“Igor foi incrível, me deu total liberdade para adaptar a história”, lembra Jardim. Uma das grandes diferenças é a presença em cena do ex-namorado do protagonista. “O livro me pareceu um grande desabafo do Igor depois de ser deixado pelo namorado. Mas só o Igor tem voz na narrativa. Fiquei imaginando quem seria a pessoa que motivou tanta dor e tantos poemas lindos! Criei então o outro personagem, que não existe no livro”, conta o autor e diretor, que ressalta a importância de se contar uma história de amor homossexual depois de um longo período de avanço do conservadorismo no país.   

Igor Pires faz coro a Jardim: “Existe uma necessidade de que histórias de amor como esta sejam contadas, especialmente porque o público pode se relacionar em um lugar-comum, e acredito que o livro e o espetáculo proporcionam tamanha identificação”.  

Edmundo Vitor, que interpreta o protagonista Pedro, vai além: “Amar é um ato de coragem e entrega! Essa é uma história que mostra a vulnerabilidade de quem se entrega ao amor por completo. Ainda é, sim, importante falar de amor, principalmente nesses tempos tão obscuros e turbulentos com tanta homofobia, ódio e racismo, e essa é uma forma poética de trazer luz e reflexões sobre o turbilhão de emoções que o amor provoca”.  

 
Sobre Carlos Jardim:  

Diretor e roteirista do filme “Maria – Ninguém sabe quem sou eu”, sobre a cantora Maria Bethânia, lançado em setembro de 2022, uma parceria da Noticiarte Produções com Globo Filmes, GloboNews, Canal Brasil e Turbilhão de Ideias. Campeão de bilheteria, foi o documentário nacional mais visto entre os 150 títulos do gênero lançados de 2019 pra cá, fazendo 20 mil espectadores em todo o país. É autor do livro “Ninguém sabe quem sou eu (A Bethânia agora sabe!)”, com bastidores do filme, lançado pela editora Máquina de Livros em agosto de 2022.  

Há mais de 20 anos na TV Globo, Carlos Jardim fez parte da equipe de criação do programa “Encontro com Fátima Bernardes” e do time de roteiristas das temporadas 2019 e 2020 da “Escolinha do Professor Raimundo”, exibidas na Globo e no Canal Viva. No jornalismo da Globo é atualmente Chefe de Redação da GloboNews. Também fez parte da equipe de “Jornal Nacional” e “Fantástico”. Conquistou vários prêmios de destaque, como o Emmy Internacional de 2011 pela cobertura no JN da ocupação do Conjunto de Favelas do Alemão, no Rio de Janeiro.  

É o idealizador e um dos autores de um musical de teatro sobre Thiago Soares, o brasileiro que chegou a ser o primeiro bailarino do Royal Ballet de Londres. “Thiago Soares – Um sonho real”, escrito em parceria com Flávio Marinho e Ângela Chaves, tem direção de João Fonseca e estreia prevista para o primeiro semestre de 2024. 

Carlos Jardim é co-diretor e co-roteirista, ao lado de Felipe Sholl, do filme “Textos cruéis demais – E as respostas que não ouvi”, que assim como a peça é inspirado no livro “Textos cruéis demais para serem lidos rapidamente”, de Igor Pires. Parceria da Noticiarte Produções com TV Zero e Raccord, a produção está em negociação com o streaming e tem previsão de lançamento em 2024.  

Serviço:  

Textos cruéis demais – Quando o amor te vira pelo avesso  

Local: Teatro Café Pequeno (Avenida Ataulfo de Paiva 269, Leblon) 

Data: De 8 a 23 de julho 

Horário: Quinta a sábado: 20h 

Domingo: 19h 

Ingressos: R$50 (inteira) | R$25 (meia-entrada). 

Duração: 60 minutos  

Classificação: 16 anos  

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