A cantora Maria Madalena Correia do Nascimento, conhecida como Lia de Itamaracá, encanta multidões ao levar a Ciranda para todos os cantos do Brasil. É considerada a rainha do ritmo, tradicional no nordeste. Na última terça-feira (31), ela recebeu a BlackCard Digital para uma entrevista exclusiva na Casa de Francisca, onde fez dois shows.
Ela estava acompanhada de 9 pessoas, incluindo duas backing vocals, as irmãs Severina Baracho e Dulce Baracho. Lia é um fenômeno por onde passa. Apesar de começar a cantar aos 12 anos e gravar seu primeiro LP aos 33 anos, em 1977, Lia só teve seu merecido reconhecimento depois de 20 anos, ao fazer parte da cena do manguebeat em Recife nos anos de 1990, ao fazer parceria com bandas como Chico Science e Nação Zumbi, Mundo Livre S/A, entre outros. Ao ser questionada por tamanha demora para seu reconhecimento, a cantora afirma: “Faltou incentivo, apoio. Porque se ninguém chegar, eu fico sozinha.”
Um dos grandes responsáveis pelo seu sucesso foi seu produtor Beto Hees, que fez a cantora sair da ilha que lhe dá nome e hoje é responsável por toda sua preparação, incluindo passar as roupas que usa até os últimos ajustes do figurino no corpo de Lia. Após ser citada pelo vencedor do Emmy, Jon Batiste, como uma das inspirações, Lia disse que quer conhecê-lo. “Eu quero me encontrar com ele”, afirmou a cantora. A cantora também lamentou as chuvas que atingem Pernambuco e que já vitimaram mais de 100 pessoas. “Aquilo foi uma coisa horrível. Ainda tem pessoas soterradas. Está uma calamidade muito grande”, disse Lia.
Foto reprodução/instagram @casadefrancisca