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Luxo em Transformação: setores que lideram o crescimento no Brasil até 2030

O mercado brasileiro de "Saiba mais sobre" luxo vive um momento histórico, com taxas de crescimento que superam as médias globais e uma diversificação inédita nos hábitos de consumo e na oferta de experiências exclusivas.

Brasil: O novo polo global do luxo

Entre 2022 e 2024, enquanto o setor global registrava ligeira retração, o Brasil apresentou um salto de 26% nas vendas de produtos e serviços de alto padrão, alcançando R$ 98 bilhões de faturamento anual e colocando-se lado a lado com mercados tradicionais como o Japão. A taxa de crescimento composta foi de 12% ao ano, contra uma média mundial de apenas 3%.

O segmento de "Saiba mais sobre" moda e itens pessoais, imóveis e automóveis lideram o ranking de faturamento, com R$ 21 bilhões cada. Não ficam para trás os segmentos de "Saiba mais sobre" saúde premium (R$ 17,3 bilhões), aviação (R$ 6,5 bilhões) e arte/design (R$ 4,2 bilhões), demonstrando apetite por experiências, mobilidade e investimento em patrimônio

O setor de luxo brasileiro é dividido em nove grandes segmentos, com faturamento notável em cada um:

  • Moda e itens pessoais: R$ 21 bilhões

  • Imóveis: R$ 21 bilhões

  • Automóveis: R$ 21 bilhões

  • Saúde premium: R$ 17,3 bilhões

  • Aviação (privada e comercial): R$ 6,5 bilhões

  • Arte e móveis de design: R$ 4,2 bilhões

  • Hotéis de alto padrão: R$ 3,8 bilhões

  • Iates: R$ 2,1 bilhões

  • Bebidas finas: R$ 1 bilhão

O crescimento mais acelerado está nos automóveis (18%), hospitalidade (16%), saúde (15%) e imóveis (13%), indicando onde está o maior dinamismo e potencial de investimento.

Tendências regionais e comportamentais

  • A descentralização é marcante: 45% das vendas de carros de luxo já ocorrem fora do Sudeste, com forte avanço no Centro-Oeste e Nordeste, regiões que absorvem novos consumidores e investimentos.

  • O Nordeste, por exemplo, registrou aumento de 47% nas vendas de imóveis de luxo em apenas um ano, muito impulsionado por casas de praia adquiridas para refúgio e estilo de vida premium.

  • Em hotelaria, o gasto médio de diárias saltou de R$ 2.100 para R$ 2.900, especialmente em empreendimentos integrados à natureza e focados em bem-estar, buscando uma personalização cada vez mais profunda.

Perfil do consumidor de luxo

O público de altíssimo poder aquisitivo representa menos de 1% da população, mas soma R$ 3,5 trilhões em riquezas líquidas. Destacam-se:

  • 92% do grupo é composto por homens, 78% com mais de 50 anos, embora as mulheres liderem o acesso e interesse em marcas de moda de alto padrão.

  • Este público está cada vez mais exigente, busca exclusividade e experiências diferenciadas, influenciando estratégias como clubes próprios, centros de saúde com alta tecnologia, e eventos exclusivos integrados ao ecossistema das marcas.

Internacionalização e expansão de marcas

  • Marcas globais estão ampliando suas operações com flagships fora do eixo tradicional, com Tiffany, Hermès e Chanel expandindo para Goiânia, Porto Alegre e shoppings de luxo em outras capitais.

  • O sucesso dessas marcas, além da oferta de produtos exclusivos, está atrelado à experiência “one to one”, com atendimento e relacionamento personalizado raramente visto fora do país.

Mercado de arte e design

  • O número de exportações de arte representa 52% do segmento, e artistas emergentes, favoritos dos colecionadores, dominam 62% das coleções no país. Valorização do design nacional faz com que marcas criativas brasileiras ganhem projeção global e espaço em feiras como a Coterie, em Nova York.

Expectativas e projeções

  • A Bain & Company revisou sua previsão: o setor pode atingir R$ 150 bilhões em 2030, com potencial aumento de 6% a 8% ao ano, impulsionado por bolos mais profundos e expectativas mais altas de exclusividade e inovação.

  • O crescimento da riqueza entre os mais ricos será cinco vezes maior do que a expansão populacional dessa faixa, sinalizando ainda maior concentração de capital no topo da pirâmide.

Imagens representativas

No momento, o infográfico do Valor Econômico traz imagens ilustrativas dos nove segmentos, mostrando gráficos de evolução do setor, comparativos de crescimento regional e perfis demográficos do consumidor.

  • Imagens dos shoppings Cidade Jardim e Flamboyant, as novas lojas flagship de Tiffany, Hermès e Chanel, além de exemplos de residências de luxo lançadas no Centro-Oeste e Nordeste.

  • Ilustrações de hotéis integrados à natureza e aeronaves executivas, destacando o lifestyle de alto padrão brasileiro.

  • Gráficos demográficos detalhando idade, gênero e distribuição de riqueza entre consumidores, complementados por representações artísticas das marcas brasileiras "Saiba mais sobre" presentes em feiras internacionais.

Esses elementos visuais reforçam o caráter multifacetado, inovador e exigente do consumidor de luxo brasileiro, que valoriza exclusividade, vivência diferenciada e compra cada vez mais com consciência regional e internacional.

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