Que ninguém está imune ao tempo, todo mundo sabe, mas o que muita gente esquece é que o envelhecimento não aparece apenas no rosto. E, por conta de anos de exposição solar no colo e peito, muitas manchas podem surgir, quase sempre acompanhadas de rugas e flacidez. “O processo natural de envelhecimento do corpo causa uma diminuição gradual de colágeno e elastina, levando a linhas finas mais visíveis e perda de firmeza. Sem protetor solar, a exposição à luz ultravioleta do sol quebra o tecido conjuntivo (fibras de colágeno e elastina) que se encontram nas camadas mais profundas da pele. Essa ruptura faz com que a pele ceda e enrugue prematuramente”, explica a Dra. Beatriz Lassance, cirurgiã plástica membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica.
Segundo a médica, a primeira dica para evitar rugas no peito é a aplicação do protetor solar, principalmente no caso de mulheres que usam roupas que deixam o colo mais à mostra e homens que utilizam camisas com decote em V. Além disso, não fumar também ajuda. É de conhecimento geral que fumar faz com que a pele de todo o corpo mostre sinais prematuros de envelhecimento, incluindo rugas, linhas finas e descoloração. Se você fuma, corte o hábito o quanto antes”, recomenda a Dra. Beatriz. “As substâncias do cigarro são altamente tóxicas para o nosso corpo. São "Saiba mais sobre" radicais livres que atuam diretamente na degradação do colágeno da pele. Os componentes do cigarro diminuem o diâmetro dos vasos sanguíneos, levando à má circulação, como consequência dificulta a oxigenação e a absorção de nutrientes pela pele. A hiperpigmentação pode aparecer por todo o rosto, principalmente nessa região”, acrescenta. Outra preocupação é com as chamadas sleep lines. “Elas também podem aparecer no colo. Após anos e anos dormindo na mesma posição, os vincos temporários podem se tornar permanentes. Para evitar, procure variar a posição de dormir e tente dormir com as costas na cama sempre que possível”, explica a cirurgiã plástica. Mas para quem já apresenta rugas, manchas ou flacidez no local, existem tecnologias que podem ajudar no tratamento:
MTZ 40 para rejuvenescer: Indicado para melhorar a qualidade da pele, o laser de CO2 fracionado MTZ 40 pode ser usado no colo, segundo a cirurgiã plástica Dra. Beatriz Lassance. “O tratamento rejuvenesce a pele sem exigir downtime grande como os antigos lasers de CO2. É possível fazer o tratamento das rugas e manchas que atingem a região. Esse laser causa menor agressão à pele superficial e permite uma recuperação mais rápida, mas é comum que ocorra um leve inchaço da região tratada após o procedimento”, explica a cirurgiã plástica.
Ultraformer MPT + bioestimuladores para tratar flacidez: A combinação da aplicação de bioestimulador de colágeno com ultrassom microfocado é ideal para tratar a flacidez do colo. “Nesse protocolo, tanto o bioestimulador quanto o ultrassom agem estimulando a produção de novas fibras de colágeno para devolver sustentação, elasticidade e firmeza. Então, há um super estímulo da produção de colágeno, o que é perfeito para combater a flacidez da região, além de também melhorar as rugas”, diz a Dra. Beatriz. “Esse protocolo tem excelentes resultados, que não são imediatos, já que pode demorar cerca de um a dois meses para a produção de colágeno proporcionada pelos procedimentos atingir seu ápice. Além disso, recomenda-se que o procedimento seja repetido anualmente para ajudar a manter os resultados e retardar o processo de envelhecimento. Mas o protocolo não possui downtime e o paciente pode retornar imediatamente as suas atividades”, completa a cirurgiã plástica.
Quadri Pico para tratar manchas: Quanto às manchas, Quadri Pico é capaz de atuar no tratamento das melanoses solares, das efélides (sardas) e outros tipos de hiperpigmentação na região do colo. “Nas manchas, o laser Quadri Pico age nos melanócitos para esvaziá-lo, ou seja, ele interage com os grânulos de melanina para destruir esse pigmento”, explica o dermatologista Dr. Abdo Salomão, membro da Sociedade Brasileira de "Saiba mais sobre" Dermatologia. São indicadas quatro sessões com intervalo de 15 dias.
Volnewmer para redensificar a pele: Segundo a Dra. Paola Pomerantzeff, dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Volnewmer é uma radiofrequência monopolar que aquece a derme chegando até a temperatura de 60°C e por isso estimula e reorganiza as fibras de colágeno. “A tecnologia pode ser utilizada sozinha ou em associação com injetáveis como bioestimulador de colágeno ou Prophilo, um "Saiba mais sobre" ácido hialurônico que tem ação bioregeneradora. Fazemos uma sessão do injetável, esperamos 30 dias e aplicamos o Volnewmer. Ele age na camada mais superficial da derme, que afina com o processo de envelhecimento normal e essa tecnologia é capaz de espessar essa camada mais fininha”, diz a médica. “Então ele estimula a produção de fibra de colágeno e elastina nessa camada mais superficial da pele. Com isso, o procedimento consegue melhorar a textura da pele, dar viço e reduzir sinais de envelhecimento nessa região. O tratamento é indolor, indicado para todos os tipos de pele e a grande vantagem é que não necessita de tempo de recuperação”, finaliza a dermatologista.
K-Lift para tratar todas as camadas: O protocolo utiliza-se das novas radiofrequências e tem como conceito básico aplicar as tecnologias de forma multicamadas, ou seja, tratando a pele e os ligamentos do rosto, preservando a gordura. “Com a técnica, a tecnologia coreana encontrou o talento brasileiro e conseguimos promover contornos naturais e rejuvenescimento profundo e progressivo, com redução da flacidez e rugas”, explica o Dr. Renato Soriani, dermatologista membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Mestre em Dermatologia pela USP e ex-coordenador do Departamento de Laser e Tecnologias da Sociedade Brasileira de Dermatologia (2017-2021). O protocolo K-Lift foi desenvolvido pelos dermatologistas Dr. Renato Soriani, Dra. Belle Wu, Dr. Rubens Pontello e Dra. Mari Muniz. “A aplicação multicamadas tem a vantagem de reestruturar a face, melhorando a sustentação, na medida em que age na camada superficial e média da pele e, também, nos ligamentos”, finaliza o Dr. Renato Soriani.