A chegada do inverno é sinônimo da queda das temperaturas, o que torna a estação o momento perfeito para quem quer realizar procedimentos estéticos e cirurgias plásticas para cuidar da beleza. “A temperatura amena e a menor intensidade da radiação solar no inverno diminuem o risco de complicações e o inchaço que surge no período pós-operatório. Além disso, a recuperação é mais rápida, tranquila e confortável nessa época do ano”, explica a cirurgiã plástica Dra. Beatriz Lassance, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e da ISAPS (International Society of Aesthetic Plastic Surgery). Não sabe por onde começar a cuidar do corpo e do rosto nessa estação? Reunimos um time de especialistas para apontar alguns procedimentos ideais para serem realizados no inverno. Confira:
Quadri Pico: Esse laser produz efeito fotoacústico puro (picossegundos). “O laser de nanossegundos não é puro, ele é fototérmico e fotoacústico. Por isso, ele ficou obsoleto no tratamento das manchas, já que, com ele, há um maior risco de produzir uma reação inflamatória pelo calor gerado na pele, o que pode piorar as manchas”, explica o dermatologista Dr. Abdo Salomão Jr., membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. “O Quadri Pico exerce esse efeito fotoacústico no melasma e seu mecanismo de ação se dá ao podar os dendritos dos melanócitos, ou seja, ele age nesse prolongamento das células para interromper a transferência de melanócitos (células produtoras de melanina) para os queratinócitos (células superficiais da pele). Com isso, ele faz com que o tratamento seja mais duradouro”, explica o médico. Outro diferencial é a tecnologia “pulse-to-pulse (PTP)”, segundo o médico. “Essa é uma forma de emissão da energia repartida em dois pulsos. É uma estratégia de entrega com o objetivo de aumentar a performance sem aumentar os efeitos colaterais”, explica o Dr. Abdo. No melasma, são indicadas quatro sessões com intervalos de 15 dias entre elas.
Hidrodermoabrasão: A queda das temperaturas pode favorecer o ressecamento da pele. Mas é possível melhorar a hidratação com procedimentos em consultório, como o HydraFacial, uma experiência única e completamente personalizável de hidrodermoabrasão. “O HydraFacial promove melhora instantânea da qualidade da pele graças à patenteada tecnologia Vortex-Fusion®️ presente nas ponteiras, que possui um design espiral exclusivo capaz de gerar um efeito de vórtice que, combinado à tecnologia de sucção a vácuo do equipamento, consegue expelir e remover facilmente as impurezas da pele enquanto fornece soluções hidratantes”, explica o dermatologista Dr. Renato Soriani, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. “Os protocolos do HydraFacial podem ser completamente personalizados para atender às características e necessidades específicas de cada tipo de pele.”
Rinoplastia: Uma das cirurgias mais populares para ser realizada nessa época é a rinoplastia, que pode ter um pós-operatório ainda mais tranquilo dependendo da técnica utilizada. “A rinoplastia ultrassônica, por exemplo, utiliza um aparelho que emite vibrações ultrassônicas para tratar a parte óssea do nariz de forma menos traumática. Logo, é mais precisa e preserva estruturas importantes do nariz, resultando em menos inchaço, sangramento, hematoma e inflamação no período pós-operatório. Isso faz com que o processo de recuperação do procedimento seja mais rápido e mais tranquilo, permitindo ao paciente retornar às atividades rotineiras mais rapidamente”, diz o Dr. Paolo Rubez, cirurgião plástico, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica. De acordo com o médico, por ser mais precisa, os resultados da rinoplastia ultrassônica são mais previsíveis, além de ocasionar cicatrizes menos aparentes, já que, nesse procedimento, não há necessidade de incisões na parte externa do nariz. “Geralmente, o resultado definitivo da rinoplastia convencional é alcançado em 6 a 12 meses. Mas na rinoplastia ultrassônica esse período tende a ser menor, justamente por causar menos inchaço”, afirma.
Deep Plane Facelift: Chamado de “o novo facelift”, essa técnica permite um rejuvenescimento muito grande e natural para o rosto, pois trata de forma pontual todas as suas camadas que apresentam envelhecimento, segundo o médico Dr. Paolo. “O lifting inicialmente tratava apenas a camada de pele do rosto, esticando-a e retirando seu excesso. Isso promovia resultados muito artificiais e estigmatizados”, diz o Dr. Paolo. “Sua evolução foi iniciar o tratamento de camadas mais profundas como o SMAS (Sistema Músculo Aponeurótico Superficial), tecido que cobre a musculatura, através de pontos para reposicioná-los. O Deep Plane se diferencia pela forma com que se trata o SMAS, de maneira mais profunda e fazendo um reposicionamento melhor e mais duradouro da anatomia que a idade alterou”, explica o médico. “Como o lifting facial tem como objetivo reposicionar a musculatura e a pele, é importante que estes tecidos possuam uma boa qualidade. Por exemplo, se a qualidade da pele está muito ruim, sem elasticidade por falta de colágeno, o resultado da cirurgia será comprometido. Então, nesses casos, tecnologias como os lasers de diodo, a luz pulsada e o ultrassom microfocado podem ser usadas antes do procedimento para estimular a produção de colágeno, melhorar a qualidade da pele e, assim, o resultado da cirurgia”, detalha a especialista Dra. Beatriz Lassance. A indicação do procedimento é para pacientes com flacidez e, no geral, com mais de 45 anos que apresentem sinais de envelhecimento e perda de volume na face.
Radiofrequência microagulhada: O procedimento facial, para rugas e flacidez, e corporal, para gordura localizada e celulite, exige cuidado redobrado com a exposição solar após a sessão e, por isso, é ideal para ser realizado no inverno. A tecnologia Morpheus conta com microagulhas que vão penetrar profundamente na pele e liberar radiofrequência nas camadas mais profundas. “Cada agulha emite radiofrequência para aquecer as camadas do tecido cutâneo, estimulando a produção de colágeno e elastina e firmando a pele. O procedimento é rápido, mas os resultados não são imediatos, surgindo gradualmente e melhorando conforme mais sessões são realizadas. Geralmente, recomendamos de 2 a 3 sessões, mas esse número pode variar caso a caso”, explica o dermatologista Dr. Renato Soriani, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e expert em tecnologias dermatológicas.
T Sculptor: A queda das temperaturas com o início do inverno pode fazer com que seja difícil continuar motivado para malhar. Felizmente, aqueles que não querem perder a massa muscular conquistada com tanto esforço podem apostar nos equipamentos que utilizam da tecnologia HIFEM (High-Intensity Focused Electromagnetic), que permite ao paciente fazer um treino muito mais forte e pesado do que ele conseguiria na academia. É o caso do T Sculptor. “O T Sculptor é uma tecnologia não invasiva que, ao entrar em contato com a pele, gera um campo eletromagnético focado de alta intensidade capaz de estimular o músculo por meio de contrações contínuas e intensas. São cerca de 36 mil contrações em cada sessão de 30 minutos, proporcionando assim hipertrofia muscular, com consequente aumento do volume da musculatura, redução de gordura devido a ampliação do gasto calórico e, dependendo do protocolo realizado, até mesmo aumento da força muscular”, afirma o dermatologista Dr. Abdo Salomão Jr.
Tratamento de varizes: Grande parte dos tratamentos para varizes exigem que o paciente evite se expor ao sol e utilize meias de compressão, o que torna o inverno ideal para a realização desses procedimentos. “Durante o inverno, as temperaturas estão mais amenas e o uso de calças é mais comum. Desse modo, as pernas ficam mais protegidas e menos expostas aos raios solares, o que é recomendado no período de recuperação dos tratamentos, já que a radiação ultravioleta pode estimular o surgimento de manchas hipercrômicas”, explica a cirurgiã vascular Dra. Aline Lamaita, membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular. Além disso, o fato de a pele não estar bronzeada durante o inverno também é favorável ao tratamento de varizes, principalmente quando é realizado através de laser. “O risco de queimaduras em peles bronzeadas é maior devido a absorção da luz do laser pela melanina, pigmento que dá cor à pele”, diz a especialista. “As temperaturas mais baixas também tornam mais confortável o uso das meias elásticas, necessárias durante o período de recuperação para estimular o bom funcionamento da circulação sanguínea”, finaliza.
FONTES:
*DR. ABDO SALOMÃO JR: Doutor em Dermatologia pela USP (Universidade de São Paulo). É sócio Efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), Membro da American Academy of Dermatology (AAD), Sociedade Brasileira de laser em Medicina e Cirurgia e do Colégio Ibero Latino Americano de Dermatologia. Professor universitário, Dr. Abdo Salomão Jr. ministra aulas nos principais congressos nacionais da especialidade. Além disso, já deu aulas na Austrália, Itália e Coréia do Sul. É uma referência em conhecimento de lasers e tecnologias para fins dermatológicos e estéticos. Diretor da Clínica Dermatológica Abdo Salomão Junior. Instagram: @drabdosalomao
*DRA. BEATRIZ LASSANCE: Cirurgiã Plástica formada na Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo e residência em cirurgia plástica na Faculdade de Medicina do ABC. Trabalhou no Onze Lieve Vrouwe Gusthuis – Amsterdam -NL e é Membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, da ISAPS (International Society of Aesthetic Plastic Surgery) e da American Society of Plastic Surgery. Além disso, é membro do American College of LifeStyle Medicine e do Colégio Brasileiro de Medicina do Estilo de Vida. Instagram: @drabeatrizlassance
*DR. PAOLO RUBEZ: Cirurgião plástico formado pela UNIFESP, é membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), da Associação Brasileira de Cirurgia Plástica (BAPS), da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS), da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica (ASPS) e da Sociedade de Cirurgia de Enxaqueca dos EUA. Dr. Paolo Rubez é Mestre em Cirurgia Plástica pela Escola Paulista de Medicina da UNIFESP. O médico tem 12 Observerships em Cirurgias Plásticas Faciais, nos EUA, sendo 8 com o Dr. Bahman Guyuron em Cleveland. É idealizador do Migraine Surgery Academy, que ensina e estimula cirurgiões plásticos de todo mundo a realizarem as cirurgias de enxaqueca a fim de beneficiar mais pacientes com o tratamento. Instagram: @drpaolorubez
*DRA. ALINE LAMAITA: Cirurgiã vascular, Dra. Aline Lamaita é membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV). Membro da Sociedade Brasileira de Laser em Medicina e Cirurgia, do American College of Phlebology, e do American College of Lifestyle Medicine, a médica é formada pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (2000) e hoje dedica a maior parte do seu tempo à Flebologia (estudo das veias). Curso de Lifestyle Medicine pela Universidade de Harvard (2018). A médica possui título de especialista em Cirurgia Vascular pela Associação Médica Brasileira / Conselho Federal de Medicina. RQE 26557. Instagram: @alinelamaita.vascular*DR. RENATO SORIANI: Dermatologista membro titular da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e membro efetivo da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD). Mestre em Dermatologia pela USP, o médico é CEO da Renascence Dermatologia (Ribeirão Preto/SP) e Key Opinion Leader nacional e mundial de marcas como INMODE, Entera, DEKA e LMG, além de atuar como coordenador e palestrante em congressos nacionais e internacionais. CRM 121106