Atualmente, estima-se que 79 milhões de pessoas no mundo são veganas. “O veganismo é um chamado para a consciência e para a responsabilidade, é uma oportunidade para as pessoas adotarem em seu cotidiano uma abordagem mais ética e respeitosa com os animais”, afirma Taís Toledo, diretora de políticas alimentares da organização internacional Sinergia Animal.
A data foi criada na Inglaterra, em 1994, pela ativista pelos direitos dos animais e presidente da associação Sociedade Vegana, Louise Wallis – mas a prática em si é mais antiga. Nos últimos anos, todavia, o veganismo vem crescendo exponencialmente. Uma pesquisa realizada pela SkyQuest prevê que o mercado global de alimentos veganos irá aumentar 9,3% ao ano e ultrapassar 34 bilhões de dólares até 2028.
A importância do veganismo
Toledo aponta que “o veganismo vai além de uma simples escolha alimentar. Trata-se de uma filosofia que engloba todos os aspectos da nossa vida, desde o que comemos ao que vestimos, aos cosméticos que usamos e muito mais”. Ainda assim, a mudança de hábitos alimentares é uma das maneiras mais comuns e impactantes de se começar.
A carne, os ovos, os laticínios e outros produtos de origem animal envolvem a criação e o abate de grandes quantidades de animais, frequentemente submetidos a sofrimento prolongado em fazendas industriais e a condições não-naturais, como o confinamento em gaiolas superlotadas.
No Brasil, segundo o IBGE, só na primeira metade de 2023 foram abatidos mais de 3,2 bilhões de frangos, suínos e bovinos. “São quase 205 animais mortos por segundo no país. E, infelizmente, o número real de abates é ainda maior — se incluirmos carneiros, coelhos, patos, outras aves e uma quantidade imensurável de peixes e demais animais aquáticos, como polvos, lulas e caranguejos”.
Ao redor do mundo, os dados mais recentes apontam que o número de animais terrestres criados e abatidos para consumo está mais alto do que nunca: de acordo com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), aproximadamente 92,2 bilhões de animais terrestres são mortos anualmente pela indústria global de alimentos.
“A boa notícia é que não precisamos comer animais para sermos saudáveis ou para desfrutar de refeições deliciosas. Estudos mostram que uma dieta à base de vegetais tem o potencial de trazer benefícios para a saúde humana”, explica Toledo. “Queremos ajudar as pessoas a tomar decisões mais conscientes, saudáveis e respeitosas com os animais”.
Para dar o primeiro passo ou explorar as possibilidades de uma dieta compassiva, a organização disponibiliza em seu site um Guia de Leites Vegetais e o e-book 15 Receitas Veganas Inspiradas no Mar, que podem ser baixados gratuitamente.