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Turismo regenerativo em Paraty: o modelo do Quadrado Mágico que transforma viagem em impacto positivo

O turismo regenerativo deixou de ser apenas uma tendência internacional para ganhar forma concreta no Brasil. Em destinos como Havaí e Nova Zelândia, a ideia de viajar para restaurar territórios já movimenta políticas e projetos. Em Paraty, esse conceito se materializa de forma autoral no Quadrado Mágico, um quarteirão inteiro do Centro Histórico que funciona como um ecossistema integrado de impacto positivo.

Viajar, nesse contexto, deixa de ser apenas deslocamento ou consumo de paisagens. O novo viajante busca pertencimento, conexão e a sensação de contribuir com o lugar que visita. É exatamente essa lógica que sustenta o Quadrado Mágico, onde hospitalidade, gastronomia, arte e bem-estar convivem de maneira integrada e conectada ao território.

Um ecossistema integrado no Centro Histórico

Idealizado por Sandi Adamiu, fundador do Sandi Hotel, o Quadrado Mágico reúne projetos independentes que compartilham o mesmo propósito de fortalecer Paraty. Fazem parte do quarteirão o restaurante Pupus, o Fugu Japanese Food, a Miracolo Gelateria, o Shambhala Spa, a Cerâmica Foz, a Galeria ao Quadrado e a Néctar Experience.

Mais do que uma soma de empreendimentos, o espaço funciona como um organismo vivo. A madeira utilizada vem de fornecedores locais, os ingredientes são cultivados na região, os artistas são paratienses e o cuidado aparece em cada detalhe, do design à hospitalidade. Tudo segue uma lógica de economia circular e respeito ao território, mantendo a autonomia criativa de cada negócio, mas com valores compartilhados.

Impacto cultural, social e ambiental

O projeto também amplia seu impacto para além do turismo. O Quadrado Mágico apoia iniciativas sociais e culturais como a Orquestra Sinfônica de Paraty, grupos de dança locais e a cadeia produtiva de vieiras cultivadas por comunidades caiçaras. A atuação inclui ainda ações ambientais e educacionais com escolas públicas, reforçando o compromisso com o desenvolvimento local.

Para quem se hospeda no Sandi Hotel, a experiência é fluida. Uma porta interna conecta o hotel ao Quadrado, permitindo circular entre um gelato artesanal feito com frutas da Mata Atlântica, uma massagem oriental, uma visita à galeria local ou uma experiência sensorial à beira-mar. O resultado é um modelo alinhado ao que há de mais atual no turismo contemporâneo, onde o viajante participa, cuida e se sente parte.

No fim, viajar deixa de ser fuga e passa a ser uma forma de regenerar territórios e relações.

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