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KIDS | Férias e acidentes domésticos infantis: o match que ninguém quer ver acontecer

Os períodos de quarentena por conta do coronavírus provaram o que muita gente já sabia: estar com as crianças em casa o tempo inteiro significa se manter em um estado de alerta constante. E, com a chegada das férias, voltamos para essa postura de cuidado, afinal, os acidentes domésticos com crianças são mais comuns do que se imagina. 

Principalmente depois que começam a engatinhar, por volta dos oito meses, as crianças adotam um comportamento explorador em que tudo é interessante, e, nisso, quedas, batidas e até a ingestão de pequenas peças podem acontecer. 

Segundo dados do DataSUS, do Ministério da Saúde, apenas em 2013 753 crianças foram internadas por conta de “quedas de ou para fora de edifícios e estruturas”. Desde então, são registradas em torno de 33 mortes por ano por causas como essas. 

Pensando nisso, um passo importantíssimo é adaptar o ambiente aos pequenos, evitando a exposição desnecessária a objetos potencialmente perigosos. Guardar acessórios e bijuterias em gavetas com travas de segurança, cobrir tomadas com protetores adequados, colocar grades nas camas e telas nas janelas são passos essenciais nesse processo. 

Para papais e mamães que trabalham de casa, o ideal também é se atentar aos objetos de trabalho que podem ficar desatendidos, como tampas de canetas, tesouras, clipes de papel e as temidas baterias e pilhas, que costumam gerar boa parte dos acidentes domésticos com crianças pequenas e bebês. Os medicamentos, sejam de uso rotineiro ou pontual, devem também ficar bem longe do alcance. 

“É importante prestar atenção aos cantos de portas, quinas de mesas e cadeiras e gavetas e portas de armário, porque as crianças podem se machucar com esses itens ao explorarem o ambiente desacompanhadas”, explica Fabiana Milan gerente de marketing da Alô Bebê. “Hoje, já existem no mercado – acessórios que preparam a casa e protegem o bebê com esse comportamento curioso, tornando o espaço mais seguro para ele e menos preocupante para os pais.” 

Produtos de limpeza e outros químicos também devem estar guardados em um ambiente fora do alcance das crianças já que, segundo a cirurgiã plástica Dra. Tatiana Moura, as queimaduras são outro tipo de acidente comum no ambiente doméstico. 

Sejam químicas (causadas por produtos como solventes ou soda cáustica) ou físicas (via correntes de baixa tensão, como os eletrodomésticos), essas queimaduras precisam de atendimento imediato e podem, muitas vezes, necessitar de uma cirurgia corretiva. 

“O tratamento é feito na profundidade e extensão da queimadura. Os casos mais simples podem ser tratados apenas com troca de curativos e pomadas. Casos mais graves podem necessitar de cirurgias com enxertos (usa-se fatias finas de pele saudável do paciente que são transferidas para a área acometida) ou retalhos (transferência de pele e tecido irrigado por artérias para a área acometida). Existem várias técnicas que devem ser particularizadas para cada caso de queimadura”, explica a médica. 

Caso a criança já tenha a capacidade de compreensão mais desenvolvida, outro passo importante é educá-la sobre possíveis riscos. Por exemplo, enquanto cozinham, os pais podem explicar sobre a periculosidade do fogão e de mexer com as chamas. 

“Mais do que a repreensão, é importante que a criança entenda o porquê de não poder brincar com facas ou tesouras, por exemplo. Para ela, essas ferramentas são objeto de curiosidade – ela ainda não sabe para que servem e que podem ser perigosas”, explica Lory Buffara, consultora de enxoval da Mommys Concierge. “Por isso, além de manter esses objetos em locais que a criança não alcança, é vital ensinar para ela sobre os seus usos e porque não são um brinquedo.”

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