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Poesia como lugar de encontro: Igor Pires transforma desafios pessoais em literatura inspiradora

O escritor Igor Pires, autor best-seller nacional mais lido em 2020 e que soma mais de 1 milhão de exemplares vendidos de sua coletânea de cinco livros, é reconhecido por sua escrita íntima e sensível. Em seu sexto livro, explora a complexidade das relações com o corpo, a autoestima e os desafios emocionais e sociais, sempre com um olhar atento às questões de saúde mental e representatividade. Recém-lançado, ‘Este é um corpo que cai mas continua dançando’, figurou o sétimo lugar na lista dos livros mais vendidos de ficção do país em setembro e entrou no top 5 de livros mais vendidos no estande da editora Alt/Globo na primeira semana da 27ª Bienal do Livro, refletindo o impacto de sua abordagem honesta e profunda. A inspiração para o título da nova obra surgiu durante uma trilha que Igor fez em Minas Gerais, quando observou o voo incerto das borboletas. “Enxerguei ali uma metáfora para o próprio processo de queda e ascensão emocional que permeia meus textos”, conta.

Segundo ele, a poesia é um gênero estigmatizado, pois as pessoas têm a ideia de que será uma leitura difícil. Então, ter uma obra de poesia como best-seller, ainda mais voltado ao público jovem, é uma vitória muito bem-vinda. “Saber que faço parte desse movimento de democratização da poesia é algo do qual me orgulho, pois mostra que a minha escrita é de fácil acesso e ajuda a levar esse gênero mais longe, popularizando-o novamente no Brasil ”, destaca Igor PIres.

A partir de uma linguagem acessível, ele aborda as complexidades das relações humanas e da própria existência, tocando em questões como o término de relacionamentos, as trocas emocionais e o autoconhecimento.

Com uma abordagem autobiográfica e sem medo de se aprofundar em suas vivências, ele também traz à tona a representatividade LGBTQIAPN+, saúde mental e cenas do cotidiano, promovendo conexão para aqueles que buscam respostas e apoio em suas palavras. Assim como em suas obras anteriores, ele cria uma conexão profunda com o público , reforçando a importância de enfrentar as incertezas e dores da vida com coragem e esperança.

Estou cada vez mais inclinado a pensar que precisamos falar sobre esses temas dentro da literatura YA (Young Adult). Porque estamos formando leitores que precisam de respostas, e muitas vezes os livros adquirem esta condição, de serem guias, manuais ou simplesmente a resposta que tanto procuram. Falar sobre saúde mental para o adolescente que está no auge da ansiedade, preocupado com o futuro, é algo que sempre esteve intrínseco ao meu trabalho, afinal, já fui adolescente e continuo experienciando novas fases da vida adulta”, aponta Pires.

A obra é dividida em três partes: “Corpo”, “Queda” e “Dança”. Na primeira parte, Igor fala sobre a infância, a descoberta da Doença de Crohn, e as questões de autoestima e saúde mental. Já em “Queda”, ele explora o fim de ciclos, sejam eles de relacionamentos amorosos, familiares ou profissionais. Por fim, em “Dança”, o autor inspira o leitor a vivenciar suas dores e frustrações com aceitação, mas também a acreditar na sua força interior e na possibilidade de novos começos, mostrando que, apesar dos desafios, a vida oferece oportunidades para recomeçar e encontrar felicidade nas pequenas coisas.

O livro traz ilustrações de Anália Moraes (Casa Dobra) e, assim como o projeto ‘Textos cruéis demais para serem lidos rapidamente’, democratiza o acesso à poesia e à literatura nas redes sociais desde 2017. Estudante de jornalismo, Igor começou a compartilhar seus textos em uma página do Facebook após o término de um relacionamento, alcançando um público imenso e tornando-se uma referência para aqueles que buscam representatividade, conforto e inspiração em suas palavras.

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